segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

De novo a Olympus E-M5 (ou: de como o autor deste blogue estima as opiniões alheias)

Uma orgia micro 4/3
Já me referi aqui ao FotoDigital, um website português do qual sou um modestíssimo apoiante. Hoje José Antunes escreveu um texto sobre a nova Olympus, cujo conteúdo não posso deixar de subscrever por ser tão lúcido e imparcial - muito mais do que os meus, já que sou um Olympiano fervoroso, embora crítico quando requerido:


Tudo o que José Antunes escreve neste artigo é verdadeiro. Apenas interpolaria a insensatez, a que me referi num texto anterior, de pretender que esta câmara retoma a tradição OM sem outros hiatos para além do lapso de tempo que entretanto decorreu. São formatos e câmaras diferentes, e nada, para além da estética, as aproxima. Pelo contrário, há um fosso vasto e intransponível a separá-las.
Parecem-me inteiramente pertinentes as observações de J. A. quanto à perda daqueles que eram citados como alguns dos benefícios do sistema micro 4/3: as dimensões reduzidas e a eliminação da bossa inestética das SLR. Apesar de o resultado estético obtido com a E-M5 ser superior ao de uma E-P2 com o visor eletrónico VF-2 montado, os argumentos invocados a favor do micro 4/3 caíram por terra. Esta câmara, com o punho e a bateria montados, é quase tão grande como uma Olympus E-5.
Uma consideração omissa no texto de José Antunes, embora já presente em artigo anterior, é quanto à possível eliminação do sistema 4/3, que me parece plausível com a apresentação desta câmara. Este é um assunto que preocupa muitos utilizadores de corpos e lentes daquele sistema, que com toda a naturalidade vêem crescer as suas preocupações pelo possível desaparecimento das reflex da Olympus. Se for confirmada esta descontinuidade, este é um erro que pode afastar muitos clientes, que se voltarão para as Nikon e Canon.
José Antunes tem três décadas de experiência de fotografia; eu tenho um ano e meio, e apenas dez meses com uma câmara a sério. Não posso medir-me com ele de maneira nenhuma. Daí que, com a devida vénia, publique aqui o link para o seu artigo sobre a OM-D E-M5 (que bem podia chamar-se apenas OM-D5, como J. A. bem sugere, embora o «OM-D» seja como o «PEN» da minha E-P1: raramente ou nunca usado). Nestes tempos em que quem profere uma opinião diferente é livremente insultado em tudo o que é fórum ou blogue, faço questão de mostrar o maior respeito e estima por quem sabe muito mais do que eu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa noite,

Chamo-me Alexandre Silva e tal como o Manuel Macedo sou um apaixonado por fotografia. Considero-me um privilegiado por ser amigo do José Antunes e, assim, aprender imenso com ele.
Queria-lhe dizer que achei fantástico o seu artigo sobre a aberração que a Pentax fez. É inqualificável.
Se tiver pachorra, faça uma visita ao meu modesto site que também foi feito pelo José Antunes.
www.alexandresilva-photography.com

Um abraço,