domingo, 5 de fevereiro de 2012

Filtros artísticos e outras diversões

Fotografar pode e deve ser divertido. Só há relativamente pouco tempo, depois de sentir que tenho um mínimo de domínio da técnica fotográfica, é que me permiti explorar os filtros artísticos da E-P1. Até agora apenas experimentei dois, por serem os que me parecem mais interessantes: Pop Art e Grainy Film.
O filtro Pop Art produz a solarização das cores, causando uma saturação intensa que, não evocando de imediato a lata de sopa da Royal Company que Andy Warhol pintou, é contudo bastante divertida. E, se for bem aproveitado, este filtro produz efeitos imensamente interessantes. O ideal para fotografar graffiti!
Se já tinha feito algumas experiências com o Pop Art, tendo-o abandonado para melhor me concentrar em fazer fotografias sérias, já o Grainy Film é uma descoberta recente: comecei a usá-lo este ano. Este filtro procura reproduzir o efeito das fotografias dos anos 20, com um grão intenso e um contraste muito acentuado. E, em muitos casos, é capaz de bons resultados; nos outros casos, o excesso de contraste leva a que as altas luzes surjam estouradas e as zonas sombreadas demasiado escuras - mas é possível, mesmo assim, jogar com estas características para obter efeitos curiosos.
Comum a estes dois filtros é o facto de o controlo da exposição ser automático, o que retira algum do gozo de fotografar, mas os resultados podem ser extremamente divertidos - especialmente quando se fotografam motivos coloridos com o Pop Art. Além desta subtração ao controlo do fotógrafo, o filtro Grainy Film demora uma eternidade a escrever para o cartão de memória - a ponto de surgir uma barra de status no ecrã acompanhada da frase «um momento». E também demoram a descarregar para o computador e a fazer upload. Um ficheiro de imagem com este filtro pode ultrapassar os 5 megas!
Neste sábado tive uma sessão de fotografia diferente: resolvi que queria fotografar apenas, sem me preocupar com os aspetos técnicos. Apenas levei comigo a 17mm e o visor óptico. Apesar dos erros evidentes de paralaxe - que, curiosamente, se manifestam mais no plano horizontal que no vertical -, fotografar com um visor é uma experiência insubstituível: tem-se uma noção do enquadramento muito superior à que o ecrã dá, o que - se descontarmos a paralaxe - contribui para que fotografar seja um prazer ainda maior e para uma sensação visual que o ecrã é incapaz de dar. O visor permite também fotografar de maneira mais estável, ao melhorar a posição dos braços, que ficam mais chegados ao tronco, e constituir um ponto de apoio suplementar. Resultado: quero uma câmara com visor - seja ele óptico ou eletrónico!

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