Esta manhã diverti-me a fotografar nos jardins do Palácio de Cristal. Procurei temas que não fossem aqueles que toda a gente fotografa, treinando o olhar para o pormenor e o que fica despercebido, mas por vezes não há maneira de fugir a temas comuns: entretive-me a fotografar pavões, já que alguns deles aquiesceram em posar para mim.
Infelizmente, não consegui persuadir nenhum deles a abrir o espantoso leque de penas: vou ter de estudar estes animais para descobrir quando é a época do namoro...
Depois andei pela Casa Tait e pela Rua de Entre Quintas. Há algo que me choca neste património histórico: o seu abandono. Não compreendo por que motivo estes espaços estão tão desleixados: eles são vestígios de uma das épocas de apogeu da minha cidade, testemunhos de uma prosperidade que já não existe. Em lugar de serem vigiados e conservados, têm as paredes cobertas de graffiti (posto que alguns sejam bem interessantes). Trocava de bom grado o WTCC por obras de conservação do património histórico da minha cidade. Mesmo na zona considerada património mundial, a ruína e o desmazelo são evidentes, com as casas abandonadas e o lixo que se acumula nas ruas. Os jardins da cidade, esses, parecem ter sido deixados à mercê da falta evidente de brio profissional dos funcionários camarários, que recebem o mesmo (pouco) se trabalharem ou não fizerem nada. É raro o jardim ou parque que tenha flores em bom estado.
Uma cidade que elege autarcas como estes patetas que ocupam a Câmara Municipal talvez não mereça mais, mas os que amam a cidade não conseguem deixar de se sentir revoltados. Valha-nos a beleza que ainda vai sobrevivendo aqui e ali.
Mais fotos da sessão de hoje no meu Flickr.
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