sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mais impressões: sequência

Desta vez apenas demoraram dois dias a chegar. Foi com alguma ansiedade que hoje, sexta-feira, 25 de Maio de 2012, fui buscar as impressões que encomendei na quarta-feira.
Não devia ter-me entusiasmado. Se me tivesse mantido mais frio, ter-me-ia poupado uma desilusão. As impressões estão muito boas, mas porções substanciais das imagens foram cortadas, não sei porquê. Todas as fotografias, excepto uma, ficaram amputadas da sua composição original. Paguei-as e trouxe-as, mas não sem deixar bem claro que não pode haver erros destes nas próximas impressões. Mesmo sendo certo que as impressões não foram caras, nada justifica este mutilar das imagens.
De resto, estas novas impressões confirmam tudo o que disse no texto de quarta-feira: a qualidade da imagem das Olympus é pensada em função das impressões, e não da visualização no monitor. Níveis de pormenor que não aparecem no computador são mostrados de uma maneira surpreendente nas impressões - mesmo nos planos distantes de fotografias feitas com grande-angular. Já devo ter escrito isto, mesmo que através de palavras diferentes, mas estas impressões são uma bofetada na cara de todos os que tentam amesquinhar a qualidade da imagem do formato micro 4/3. Pelo menos a das Olympus.
E fica também confirmada a enorme resolução de uma objectiva que é o patinho feio da família Zuiko: a 17mm/f2.8 Pancake. Esta lente humilde é capaz de resolver pormenores que, atentas as limitações da visualização no monitor, pareciam não ter sido bem captados. Por exemplo, uma das fotografias cuja impressão encomendei é a de uma criança que andava de skate nas imediações da Casa da Música: a textura porosa da pedra usada no pavimento surge, nesta fotografia a preto-e-branco, com uma nitidez espantosa. 
Cinco das seis fotografias impressas foram feitas com a Pancake; a outra foi feita com a OM de 50mm/f1.4. E que prodígio que esta lente é! À resolução e nitidez (desde que bem focada, evidentemente) junta cores saturadas e vivas, mas correctas e fiéis àquilo que vemos, e uma profundidade de campo de que só uma lente verdadeiramente rápida é capaz: o bokeh é simplesmente maravilhoso!
Devo também referir o seguinte, mesmo que, aparentemente, patenteie uma incoerência muito pouco macedónica: todas as fotografias agora impressas, à excepção de uma, foram processadas com o DxO Optics Pro 7. Escolhi as versões tratadas com este programa depois de as comparar com os JPEGs obtidos com o Olympus Viewer e com o Lightroom. As vantagens de usar este software, que me pareciam escassas ao ver fotografias no computador, tornaram-se evidentes com a impressão. O que me pareceu um exagero nas altas luzes é, afinal, nem mais nem menos do que aquilo que a câmara captou. E não é impossível atenuá-las, apenas não é tão simples como com o Lightroom 4. Com o Pro 7, obtive imagens praticamente isentas de ruído - a redução do ruído é menos invasiva que a do Lr4 - e com uma gama dinâmica extensa - mesmo com JPEGs. Vou mais longe: o Pro 7 faz milagres com os JPEGs. Talvez venha a adquirir este software, agora que as impressões mostraram o que ele pode fazer pelas fotografias - mesmo que isto esteja em completa contradição com o que escrevi sobre este programa em textos anteriores. O Pro 7 é verdadeiramente excelente.

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