sábado, 5 de novembro de 2011

Workshop

Começou ontem o Workshop de técnica fotográfica do Instituto Português de Fotografia de que vos tinha falado aqui. Como ainda apenas decorreu um terço do curso - afinal de contas foram apenas seis das dezoito horas que o workshop durará -, é demasiado cedo para fazer apreciações, mas tenho a impressão que vai ser útil, e sei que não vai haver o risco de as coisas descambarem e, de um momento para o outro, começarem a correr terrivelmente mal.
Antes de mais: o local é esplêndido. É um palacete do início do Século XX na Rua da Vitória, que foi inteiramente restaurado e recebeu uma arquitectura interior contemporânea que o tornou extremamente confortável e funcional. É incrivelmente agradável e bonito. Quem entra vê a sua atenção concentrada numa exposição de relíquias fotográficas, das quais a Olympus está, infelizmente, ausente - mas há lá lentes que me deixaram a salivar. Há vários espaços extremamente lounge, o que acrescenta à sensação de bem-estar do interior. E há também um terraço, que hoje já usamos para fazer experiências com as câmaras, cujas vistas são de morrer!
O formador é um bacano: além de saber de equipamentos fotográficos a rodos, Carlos Machado é um homem extremamente afável e acessível. Os formandos são interessados, mas não encontrei a orgia de grandes câmaras que esperava: para além de muitas Nikon, só há uma Sony NEX-5, outra Sony, mas bridge, uma Canon G12 e (adivinharam...) uma Olympus E-P1 - que é, evidentemente, a câmara mais bonita de todas! O meu único lamento é que a sala tenha a disposição de um auditório, e não de uma sala de formação, com mesas dispostas em U, mas não se pode querer tudo...
Claro que não foi a beleza do local que me levou a pagar €130,00 por 18 horas de formação. Ser autodidacta não compensa, nem é a melhor maneira de adquirir conhecimentos. Podemos aprender a mexer na câmara e, eventualmente, tirar boas fotografias, mas faltará sempre algo - ou saber para que serve aquilo ao certo, ou saber como funciona aquela configuração... são sempre necessárias bases teóricas para compreender seja o que for a fundo, e a fotografia não é excepção. No meu caso, apesar de nada do que ouvi ontem e hoje ser novo, faltava-me o saber como. No espaço de apenas uma hora, aprendi o que me faltava saber acerca do equilíbrio dos brancos. (Nem de propósito - este foi o tema do texto anterior, e foi com isto que o workshop começou.) Fiquei a saber como se faz a selecção manual da temperatura da cor - quem tiver uma Olympus E-P1 ou 2 selecciona WB no selector principal, depois escolhe CWB e, carregando no botão da compensação de exposição junto ao botão de disparo, introduz um valor expresso em graus Kelvin -, e, mais interessante, aprendi a fazer a configuração personalizada do equilíbrio dos brancos, cujos fracassos anteriores confessei no texto precedente. Nas PEN é necessário configurar o botão Fn para o equilíbrio dos brancos e premi-lo, em simultâneo com o botão do obturador, apontando a uma superfície branca. Devo, porém, dizer que os resultados pouco diferem da definição automática, o que atesta bem a qualidade do fotómetro da E-P1.
Claro que pagar esta fortuna por um workshop de 18 horas seria um desperdício de dinheiro se a qualidade da formação não fosse elevada. E é. E ficarei com a certificação de uma instituição séria e credível. Estou certo de que vou sair de lá muito mais apto e conhecedor.

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