Esta! Não tenho dúvidas: esta é a foto mais humana, mais terna, mais sensível que tirei. É uma fotografia que posso rever vezes sem conta sem me saturar, como se o sorriso da criança perdurasse para sempre e o olhar da rapariga me inquirisse sempre que vejo a fotografia. Já me referi a ela neste balanço, pelo que não me vou repetir. Apenas repito o que escrevi neste blog acerca desta fotografia no próprio dia em que a fiz: «Cartier-Bresson tem a Derrière la Gare de St. Lazare, Robert
Doisneau tem aquela do beijo junto ao Hotel de Paris, Robert Capa a do
soldado republicano a levar um tiro, Alberto Korda a do Che - e eu tenho
esta! É a minha obra-prima.» Claro que não me estou a comparar a estes deuses da fotografia: estou apenas a hierarquizar esta imagem no conjunto das minhas fotografias, o que não é o mesmo e tem até uma certa dose de auto-ironia.
Esta é, contudo, a minha apreciação pessoal (e eu bem gostaria de saber o que os leitores pensam, mas nunca tenho comentários...). Os visitantes do meu flickr têm uma opinião diferente: para eles, a minha melhor fotografia é esta:
Que hei-de dizer? Não é má... sinto-me até bastante orgulhoso dela, e foi um crime não a ter incluído nos textos anteriores (o balanço do ano era para ter apenas sete textos). Foi esquecimento, porque é uma fotografia de que gosto muito - mas falta-lhe a rapariga à esquerda. E o sorriso da criança, e a força daquela mãe transportando uma menina que até não é assim tão pequena, o que ajuda a conferir uma expressão enorme à fotografia. A despeito de existir uma presença humana na fotografia do interior do Museu de Arte Contemporânea da Fundação de Serralves, a anterior é mais... humana.
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